CRISE ATINGE A UNB, QUE PODE FECHAR AS PORTAS EM AGOSTO, E INSTITUTOS PODEM SER SUAS PRÓXIMAS VÍTIMAS

A crise econômica da Educação Federal fabricada pelo governo Temer com a aprovação da EC 95/2016, que congelou os investimentos em serviços públicos até 2036, começa a demonstrar seus efeitos mais perversos na Universidade de Brasília (UnB), que deve parar de funcionar a partir de agosto.

Com um deficit orçamentário de mais de R$ 92 milhões para este ano, a UnB foi obrigada a demitir cerca de 50% dos seus trabalhadores terceirizados e diversos setores da Universidade encontram-se inviabilizados de funcionamento e atendimento ao público.

Várias manifestações foram realizadas nos últimos dois meses em Brasília-DF, em frente ao Ministério da Educação (MEC), com a participação massiva de estudantes, servidores e trabalhadores terceirizados.

Uma greve do Sintfub em defesa da UnB foi aprovada no dia 25/04 e deflagrada em 28/04, paralisando os servidores técnico-administrativos. Unindo-se aos técnicos, os estudantes também têm realizado assembleias e deliberado por greves e mobilizações estudantis.

Sem alternativas, a reitora Márcia Abrahão está com o pires na mão e confirmou (em entrevista à Revista Fórum) que a UnB deve mesmo fechar em agosto se não houver contingenciamento financeiro por parte do governo federal.

Essa tragédia anunciada do fechamento da 6ª maior universidade pública do país, com mais de 38 mil estudantes e com o quarto maior orçamento entre as Federais, não se restringirá apenas à UnB. Todas as universidades públicas estão ameaçadas. Todos os hospitais públicos estão ameaçados. E nossos Institutos Federais também!

O Reordenamento proposto pelo MEC não vem com nenhum fundo de “benesse governamental”, mas com o intuito de lotear os Institutos em nichos de modo a torná-los mais atrativos à privatização. Hoje são os terceirizados da UnB que sofrem com demissões, sucateando os serviços e sobrecarregando os técnicos e docentes com novas demandas. Amanhã serão os terceirizados dos Institutos, com esse processo nos afetando diretamente.

O SINASEFE não apenas se solidariza às lutas contra o fechamento da UnB e contra a EC 95/2016 que, se não for revogada, vai jogar todos os serviços públicos numa precarização sem precedentes, tornando-os alvos fáceis de políticas de privatização. O SINASEFE convoca suas bases à ampla mobilização em defesa da Rede Federal de Educação.

Fonte: Sinasefe Nacional

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