Comando de Greve e Sinasefe-IFSul promovem reunião com a comunidade acadêmica


Na terça-feira, 6, o Comando de Greve do IFSul e o Sinasefe-IFSul promoveram uma reunião com a comunidade acadêmica do campus Pelotas. A atividade reuniu servidores, pais e estudantes, no auditório do campus Pelotas, para dialogar sobre o movimento de Greve 2016, iniciado em 31 de outubro, as mobilizações da categoria e o movimento de ocupação.

A coordenadora de ação do Sinasefe-IFSul, Daiani Luche, iniciou com a apresentação do movimento sindical no Instituto, relembrando conquistas dos movimentos anteriores e apresentando a pauta da Greve 2016. A coordenadora salientou que o movimento deste ano é em defesa da educação e da sociedade como um todo “a pauta não é mais apenas dos servidores, estamos lutando pela educação pública, previdência social e contra os ataques à classe trabalhadora como um todo” reforçou.

Em seguida, o sindicalista e professor do campus Pelotas, Manoel Porto Júnior, falou sobre a MP 746, que trata da reforma do ensino médio. Manoel falou sobre o protagonismo do IFSul da educação nacional e a história do campus Pelotas como referência em educação de qualidade em Pelotas e na região. O Instituto, que historicamente se destaca em competições acadêmicas e em processos seletivos para ingresso no ensino superior, como o Enem, tem a sua qualidade ameaçada com esta reforma, que atropela a educação pública no país.

O coordenador de organização do Sinasefe-IFSul, Osni Rodrigues, conduziu a discussão sobre a Proposta de Emenda à Constituição 55, também conhecida como PEC da Morte. O projeto, que congela o orçamento da União por 20 anos, atinge diretamente as área de educação, saúde e assistência social. Caso aprovada, a proposta pode liquidar os campus ainda não consolidados do Instituto e sucatear os campus mais antigos, o que empurra a educação para um possível processo de privatização.

Osni comentou, ainda, o ataque mais recente do governo, apresentado na terça-feira, 6, pela manhã. A PEC 287, que trata da reforma da previdência social, é mais um terrível ataque aos trabalhadores que, com a sua aprovação, passam a ter que contribuir por 49 anos para ter direito a uma aposentadoria integral, tendo como limite o teto da previdência, hoje R$5.189,00. 

Ao final da reunião o único questionamento feito foi sobre a perspectiva de encerramento da greve, os servidores esclareceram que, de acordo com a deliberação da última assembleia geral, a categoria permanece no aguardo dos desdobramentos da votação da PEC 55, no Senado. No entanto, semanalmente são realizadas assembleias que avaliam o movimento paredista.

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