#16deAgosto: Sinasefe-IFSul tem dia de paralisação e mobilização da base


A terça-feira, 16 de agosto, foi marcada por paralisações e mobilizações dos trabalhadores de todo o país. Convocado por oito centrais sindicais, o dia de luta do trabalhadores foi contra a perda de direitos trabalhistas e previdenciários, pretendidos pelo governo interino de Michel Temer e pelas bancadas conservadoras do Congresso Nacional.
Em Pelotas,  a mobilização do Sinasefe-IFSul começou pela manhã, com visita aos servidores da reitoria. Foram distribuídos materiais sobre o dia de luta e realizado um diálogo com a base sobre os ataques do atual governo e a necessidade de mobilização dos trabalhadores para enfrentar a conjuntura que está dada. Após a visita, foi realizado um almoço de integração na sede do Sindicato, que reuniu servidores de Pelotas e Região. Pela tarde, uma marcha, que partiu do Theatro Sete de Abril, percorreu as ruas do Centro da cidade em direção ao calçadão da Andrade Neves. 
Representantes de entidades sindicais, em suas falas, avaliaram que o momento é de se manter alerta, construindo a articulação em defesa dos direitos sociais. O Projeto de Lei Complementar (PLP) 257/2016 e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, foram lembrados como duas das grandes ameaças que atualmente tramitam no Congresso Nacional e que integram o pacote de maldades do governo federal. 

Campus Bagé


O representante de base do Sinasefe-IFSul no campus Bagé, Nei Fonseca, organizou uma mesa redonda que reuniu servidores e estudantes e lotou o auditório do campus. Com o tema “Política, educação e classe trabalhadora: Uma reflexão necessária”, Patrícia Godinho (UFPel); Maurício Barañano (UFPel); Nei Fonseca (IFSul C. Bagé); Francilon Simões (IFSul e Sinasefe) e Letícia Santos da Silva (IFSul C. Bagé) discutiram a conjuntura atual e os importância das paralisações e mobilizações que estão ocorrendo.
O coordenador da mesa, Nei Fonseca, iniciou a atividade retomando o pensamento da filósofa Hannah Arent: “poder nunca é propriedade de um indivíduo; pertence a um grupo e permanece em existência apenas na medida em que o grupo conserva-se unido. O estudante de filosofia da UFPel, Maurício Barañano, parabenizou o sindicato e a administração do campus pela realização da atividade, que caracterizou como um importante momento de reflexão e formação para a comunidade acadêmica. 
Em sua fala, Patrícia Godinho destacou o avanço e a qualificação da mobilização dos estudantes neste ano, com a ocupação de escolas e universidades em todo o país. Já Letícia Santos alertou para o impacto direto dos cortes do governo federal na vida dos estudantes. Segundo a assistente social do campus a assistência estudantil, que já vem sofrendo cortes, corre risco real de ser extinta, inviabilizando a formação de milhões de estudantes no país.
O representante do Sinasefe-IFSul e professor do campus Santana do Livramento, Francilon Simões, falou sobre os projetos em tramitação no legislativo – como o PLP 257 e PEC 241. Para Francilon, o objetivo é sucatear para privatizar, projetos como estes visam inviabilizar o funcionamento das instituições públicas, fomentando o imaginário de que somente a privatização solucionaria os problemas do estado e da população. Ele falou ainda sobre o projeto de lei Escola Sem Partido, também conhecido como PL da Mordaça, que visa silenciar professores e desqualificar a formação crítica dos estudantes. “O projeto ataca não somente o direito de expressão dos educadores, como também de manifestação de estudantes, qualquer tipo de mobilização no âmbito da escola passa a ser criminalizada”, destacou. 
Os estudantes manifestaram-se contra os projetos em curso, especialmente o PL da mordaça, demonstrando conhecimento da gravidade da conjuntura atual e da necessidade de mobilização. A diretora do campus, Giulia D’Ávila Vieira, ressaltou que a luta deve ser diária e que conta com o apoio de toda a comunidade na defesa da educação e do instituto. “Queremos manter esse campus com qualidade e com condições de receber os alunos”, finalizou.

Campus Santana do Livramento


Em Santana do Livramento, os servidores promoveram uma grande aula pública para a comunidade acadêmica. O objetivo foi aproveitar o dia nacional de mobilização para dialogar com a comunidade sobre a defesa da educação e os ataques aos trabalhadores e ao serviço público. O auditório do campus foi lotado de alunos, pais e servidores que acompanharam a Aula Pública “Os impactos do Projeto de Lei 257 e da Proposta de Emenda Constitucional 241”. 
A atividade reuniu representantes da UNIPAMPA, CPERS e SINASEFE-IFSUL. Os mediadores da aula, Francilon Simões (IFsul e Sinasefe), Juca Sampaio (CPERS), Jeferson Ferron (Unipampa) relataram o conteúdo da PL 257 e da PEC 241 e os danos que elas causaram à educação pública não, só no país mas no município. O discente do curso de Administração da UNIPAMPA Willyam Dorneles, representante do DA, lembrou com emoção o Movimento de Ocupação da UNIPAMPA pelos alunos no primeiro semestre de 2016.
Os debates promoveram o fortalecimento da aprendizagem sobre as formas de ataque que a educação pública sofrerá, caso mantenham-se as medidas apresentadas, foi possível observar a preocupação da comunidade acadêmica com "o que está por vir". No encerramento da atividade, os alunos do campus levantaram-se e em sua ampla maioria deliberaram por apoiar os servidores durante a luta pela educação pública e de qualidade em Santana do Livramento.

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