Assembleia Geral aprova calendário de mobilização



A Assembleia Geral do Sinasefe-IFSul, realizada na terça-feira, 31, reuniu servidores dos campus Bagé, Camaquã, Jaguarão, Pelotas, Reitoria, Santana do Livramento e Visconde da Graça. Com uma pauta focada na avaliação da conjuntura atual, com destaque para a situação da educação educação, foram discutidos os ataques à educação, o PL 257/2015 e a ocupação das escolas.

A Assembleia contou com a participação de representantes da ADUFPel, ASUFPel e CPERS Sindicato, que apresentaram importantes elementos para o debate proposto. O representante do Comando de Greve do CPERS, Helder Oliveira, falou do protagonismo do RS nas ocupações das escolas e da construção da greve dos professores. Helder salientou que a greve se constrói não apenas como uma resposta aos sete meses de parcelamento dos salários, mas também a política de desmonte da educação que é acelerada pelo governo Sartori. 

A representante da ASUFPel, Maria Tereza Fujii, lembrou sua experiência como militante sindical e as ameaças que estão novamente postas aos trabalhadores. Maria Tereza comparou o momento atual com o período FHC, quando os servidores federais sofreram com quase uma década de congelamento de salários e com a precarização do setor público.

Giovanni Frizzo, da ADUFPel, falou sobre a estratégia do governo federal de condicionar a renegociação das dívidas dos estados a implementação de uma série de medidas neoliberais que sangram os trabalhadores. Tais medidas agravam, ainda mais, a situação do proletariado com privatizações, cortes de investimentos, suspensão de concursos públicos e a extinção da previdência dos servidores estaduais.

Após a mesa de abertura, a plenária aprovou a pauta do dia com a inserção do ponto "Construção de um calendário de mobilização", proposto pela coordenadora de ação, Maria Lúcia Monteiro. Os representantes de base apresentaram seus informes, que destacavam as reuniões realizadas nos campus, na última semana, para a avaliação dos pontos de pauta da AG. A delegação de Camaquã informou que a sua delegação contava, também, com a presença de estudantes do campus, uma vez que a luta em defesa da educação é uma bandeira de toda a sociedade.

Os servidores demonstram muita preocupação com os efeitos da aprovação do PL257, especialmente nos campus da expansão que ainda estão em processo de estruturação do corpo docente. Em caso de suspensão dos concursos, muitos cursos não teriam condições de prosseguir, uma vez que as primeiras contratações atenderam apenas as necessidades imediatas de abertura dos cursos. 

Neste contexto, tanto os representantes de base, quanto os presentes na AG, manifestaram a importância da categoria se unir e começar a se mobilizar contra estes ataques. Maria Lúcia lembrou do recente anúncio de extinção do IFPE, que é apenas o primeiro dos muitos que podem estar por vir. Assim, a plenária colocou em votação uma série de atividades de mobilização, que envolvem alunos, pais e servidores na luta contra os ataques à educação e aos trabalhadores.

Veja os encaminhamentos aprovados na AG:
* Adesão à Greve Geral do dia 10 de junho;
* Paralisação proposta pelo FONASEFE no dia 16 de junho;
* Reunião sobre o FUNPRESP dia 22 de junho;
* Reunião com os alunos de Pelotas até o dia 25 de junho;
* Reunião com os pais dos alunos de Pelotas até o dia 28 de junho;
* Produção de uma carta de apoio ao CPERS e às ocupações das escolas;
* Carta aberta sobre a posição do Sindicato Contra o Golpe, Fora Temer e Em Defesa do Estado Democrático de Direito.

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