RESUMO DAS NEGOCIAÇÕES COM O GOVERNO

PROPOSTA DO GOVERNO:
Entenda porque estamos nas ruas! O governo apresentou, no dia 25 de junho, uma tímida proposta de reposição salarial, que nem de longe atende a reivindicação de 27,3% da categoria. A proposta, que atinge um total acumulado de 21,3%, divide-se em quatro anos, com reajustes de 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em 2019. Em 28 de junho, na segunda Reunião Ampliada dos Servidores Federais em 2015, a possível reposição (que sequer cobriria a inflação do período) foi rejeitada e, desde então, os servidores seguem na luta para que o governo reformule os percentuais propostos, inclusive sem a divisão plurianual.

REUNIÃO COM FÓRUM DAS ENTIDADES DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS:
 Na reunião de segunda-feira (20/07), o governo apresentou sua segunda proposta aos SPFs, em resposta a Campanha Salarial Unificada 2015. Em resumo, a proposição manteve a reposição parcelada de 21,3%, em quatro anos, anteriormente rejeitada pelos SPFs, e apresentou novas propostas de reajuste em benefícios condicionadas à aceitação da primeira proposição (reajuste plurianual).
Os valores dos benefícios, de acordo com a nova proposta, entrariam em vigor em 2016, da seguinte forma: 26% a 28% nos auxílios alimentação e saúde e 317% no auxílio pré-escola, que não é aumentado há dez anos.
Esta nova proposta do governo, analisada no Fórum das Entidades dos Servidores Públicos Federais foi rejeitada. Assim, o único acordo firmado na mesa é de realização de uma nova reunião na próxima semana, ainda sem data definida.

REUNIÃO SOBRE A PAUTA DOS DOCENTES FEDERAIS:
 Realizada na quarta-feira (22/07), a reunião setorial entre governo e entidades do segmento docente não teve avanços significativos nos pontos da pauta de reivindicações. A estratégia governamental foi de reapresentar, como proposta setorial, as proposições já conhecidas pelos SPFs (reajuste parcelado em quatro anos e pequenas adições dos benefícios). Várias vezes o secretário Sérgio Mendonça reafirmou que a possibilidade de negociação estaria restrita às pautas com baixíssimo ou nenhum impacto financeiro. Durante as diversas inscrições das entidades classistas, Andes-SN e SINASEFE, foi reafirmada a negativa da proposta de reajuste parcelado em quatro anos. Destacou-se também a denúncia da contradição que os atuais cortes ao orçamento da educação representam.


REUNIÃO SOBRE A PAUTA DOS TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS:
 O último encontro com o governo desta semana, realizado na quinta-feira (23/07), também teve a repetição da proposta apresentada na segunda-feira (20/07). A reunião teve a presença de representantes da FASUBRA, SINASEFE, MPOG e MEC. Alguns dos pontos debatidos na ocasião foram: um cronograma deve ser definido pelo MPOG até a próxima terça-feira (28/07) para avaliação mais completa da pauta dos TAEs, seis mil vagas para qualificação serão ofertadas pelo Pronatec aos servidores públicos e uma discussão sobre concepção de carreira seria aberta. Sobre a flexibilização da jornada de trabalho dos TAEs, em 30 horas semanais, o MPOG sugeriu elaborar texto equivalente ao da Portaria nº 260/2014 do Ministério da Saúde, em uma comissão formada pelo governo e entidades classistas.

REUNIÃO COM O GOVERNO APÓS A MARCHA DOS SPFs:
 Na parte da tarde (22/07), em decorrência das proporções que a Marcha dos SPFs tomou, o governo recebeu um grupo de representantes das entidades. O SINASEFE esteve representado no espaço pelo coordenador geral de plantão, Carlos Magno Sampaio. A audiência foi com o assessor especial do ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência, José Lopez Feijó. Começando as 15h30min no Palácio do Planalto, os trabalhadores relataram a disposição em negociar, porém reafirmando a negativa do movimento ao parcelamento em quatro anos e ao baixo índice proposto pelo MPOG em 25 de junho: 21,3% até 2019.
Feijó reconheceu que existem demandas do movimento que são essenciais às categorias, e que, como membro do governo e ex-sindicalista, reconhece a importância em mediar o contato dos SPFs com os ministros Miguel Rossetto e Nelson Barbosa (MPOG). Aguardamos, portanto, que o reflexo desta audiência se mostre positiva nas próximas reuniões negociais da nossa pauta de greve.

 PRÓXIMAS REUNIÕES COM O GOVERNO:
A continuação de agendas com o governo ainda não foi formalizada para o próximo período. No caso das reuniões passadas a convocação foi feita sem antecedência, o que dificulta a organização prévia de calendário pelo Comando Nacional de Greve. É a estratégia adotada pelo governo. Fiquemos vigilantes aguardando os próximos passos do governo!

QUADRO DA CONSTRUÇÃO DA GREVE:

NÚMEROS
16/7
17/7
18/7
20/7
24/7
ESTADOS
13
13
13
18
17
SEÇÕES
19
20
21
21
30
CÂMPUS/REITORIAS
94
87
92
108
146

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