Fonasef tem mais uma reunião com o MPOG para debater reajuste

Nesta terça-feira (07/07), em Brasília-DF, o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasef) teve mais uma reunião com a Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SRT-MPOG). No entanto, os resultados foram tímidos: a SRT-MPOG não apresentou uma nova proposta e insistiu no reajuste parcelado em quatro anos, que não cobre a inflação, não garante nenhum ganho real, intensifica as perdas e - por tudo isso - foi rechaçado por unanimidade dos votos na Reunião Ampliada dos SPF, realizada no último dia 28.
Ao todo, 41 entidades participaram da reunião com o governo, entre elas o SINASEFE NACIONAL, representado pelos diretores David Lobão (pasta docente) e Marcos Dorval (2ª tesouraria).

A Reunião
Sérgio Mendonça, secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público do MPOG, iniciou a reunião questionando qual era a resposta dos servidores à proposta de reajuste apresentada em 25 de junho, de 21,3% parcelados em quatro anos (5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em 2019). A resposta veio em uníssono: as assembleias das categorias rechaçaram o reajuste proposto e também qualquer possibilidade de parcelamento.
Em resposta à negativa, o secretário pediu que as entidades fossem criativas, e que tentassem trabalhar em cima da proposta apresentada. Os servidores reafirmaram a luta pelo reajuste linear de 27,3% em 2016, sem parcelamento, e que também querem debater com o governo os oito itens da pauta de reivindicações, como benefícios e a Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O Fonasef sugeriu o agendamento de uma nova reunião para a próxima semana, na qual o governo apresentaria melhorias na proposta. Sérgio Mendonça, no entanto, afirmou que como apenas a presidenta pode decidir sobre o tema, e como ela está viajando à Rússia e não teria tempo hábil de estudá-lo, a data proposta não seria possível, sendo acordada a data de até 21 de julho.

Avaliação política
Sergio Mendonça considera distante as reivindicações dos servidores e as condições do governo em atender as mesmas. Acha difícil a convergência, mas diz que o governo pode refletir internamente e verificar as possibilidades de rever os índices e parcelas apresentadas, os benefícios sociais e a regulamentação da data-base dos SPF, além do que se pode avançar nas pautas específicas de cada categoria.
O governo reconhece as greves, diz que elas fazem parte do processo democrático e parece ter minimanente sinalinalizado com alguma negociação, embora mantenha uma postura negocial rígida.
Manter os movimentos paredistas em curso e ampliar as paralisações às demais categorias, rumo a uma greve geral dos SPF, é o caminho para se ter uma negociação efetiva das pautas geral e específicas.

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